quinta-feira, 7 de julho de 2011

Infidelidade: Porque as pessoas traem? O homem trai mais?


Casamento o tipo “A Bela e a Fera” tem mais chances de ter sucesso, mas a probabilidade de alguém trair seu parceiro ou parceira durante o curso de uma relação varia entre 40 e 76%. “É muito alta”, Segundo Geneviève Beaulieu-Pelletier, estudante de PhD do Departamento de psicologia da Universidade de Montreal.

De acordo com psicólogos, as pessoas com um estilo que evitam formar laços são pessoas que não se sentem confortáveis com a intimidade e tem, portanto, mais chance de multiplicarem seus encontros sexuais e traírem. Mas isso nunca foi provado cientificamente, por isso Geneviève fez uma série de quatro estudos sobre o assunto.

Ela queria saber se o tipo de comprometimento que uma pessoa tem um o seu ou sua amada está correlacionado ao desejo de ter casos extra-conjugais. “A conexão emocional que temos com os demais é modelado pelo tipo de criação que recebemos de nossos pais durante a infância”, ela disse.

Comente: Você já traiu ou foi traído (a)? Você trairia o seu parceiro ou parceira nas circunstâncias “certas”?
O primeiro estudo foi conduzido com 145 estudantes com idade media de 23 anos. Cerca de 68% havia pensado em trair e 41% tinha efetivamente traído. Além da satisfação sexual os resultados indicaram uma forte correlação entre infidelidade e pessoas que tendem a evitar conexões emocionais.

“Estes números indicam que mesmo se nós nos casamos com a melhor das intenções as coisas nem sempre transcorrem da maneira que planejamos. O que me interessa sobre a infidelidade é porque as pessoas estão dispostas e se conduzirem de maneiras que podem ser muito prejudiciais para si mesmas e suas relações.”

O segundo estudo foi conduzido com 270 adultos com idade media de 27 anos. Cerca de 54% tinha pensado em trair e 39% tinha efetivamente traído. Mas a correlação é a mesma: pessoas que evitam conexões têm mais probabilidade de trair.
“A infidelidade pode ser uma estratégia emocional regulatória usada pelas pessoas com um estilo que evitam a conexão. O ato de trair os ajuda a evitar a fobia de comprometimento, distancia do seu parceiro ou parceira e os ajuda a manter seu espaço e liberdade.”

Ambos estudos foram seguidos de outros dois estudos que perguntaram sobre os motivos da infidelidade. A vontade de se distanciar do comprometimento e do parceiro (a) foi a resposta mais comum.
Os estudos não revelaram diferenças entre homens e mulheres. A mesma quantidade de homens e mulheres mostrou estilos que evitavam conexões e a correlação com a infidelidade é forte em ambos os lados. “Contrariando a crença popular, a infidelidade não é mais prevalecente nos homens”, ela disse.

sábado, 2 de julho de 2011

A força do amor

Roupa Nova
Composição: Cleberson Horsth - Ronaldo Bastos

Abriu minha visão
O jeito que o amor
Tocando o pé no chão
Alcança as estrelas
Tem poder
De mover as montanhas
Quando quer acontecer
Derruba as barreiras...
Para o amor
Não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar
E não vai embora...
Chamou minha atenção
A força do amor
Que é livre pra voar
Durar para sempre
Quer voar
Navegar outros mares
Dá um tempo sem se ver
Mas não se separa
A saudade vem
Quando vê não tem volta
Mesmo quando eu quis morrer
De ciúme de você
Você me fez falta...
Sei!
Não é questão de aceitar
Sim!
Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...
Abriu minha visão
O jeito que o amor
Tocando o pé no chão
Alcança as estrelas
Tem poder
De mover as montanhas
Quando quer acontecer
Derruba as barreiras...
Para o amor
Não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar
E não vai embora
Hum! Hum!...
Sei!
Não é questão de aceitar
Sim!
Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...
Sei!
Não é questão de aceitar
Sim!
Não há nada que eu possa fazer
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta pra casa...
Mas volta pra casa!

Quando um não quer, dois não podem ser felizes




Para quem está de fora, é bem mais fácil perceber quando alguém está insistindo numa história que, muito provavelmente, não tem futuro. Mas para quem está envolvido diretamente nesta tal história, tentando simplesmente ser feliz no amor, parece que sempre vale a pena tentar mais uma vez.

Afinal, quase sempre o outro dá alguns sinais. Em geral, não são exatamente sinais verdes, mas amarelos, com certeza. Ou seja, deixa brechas que fazem com que a pessoa se encha de esperança, crie expectativas e fortaleça a ideia de que, quem sabe, talvez, se persistir mais um pouquinho, dê certo e engatem um encontro de verdade.

Acontece que, entre uma esperança e outra, sempre vêm duas ou três frustrações, mais furos, mais desencontros, menos sintonia. E assim segue o ritmo desgastante e doloroso que só não vê quem não quer: quando um não está disponível, dois não podem viver uma história de amor!

Se você se identifica com algo parecido, se tem se sentido derrapando na estrada que acredita que te levará ao encontro da tão desejada felicidade, lembre-se do sábio dito popular: “para um bom entendedor, meia palavra basta”. Isto é, pare de dar “murro em ponta de faca”, reveja suas escolhas, olhe para a realidade tal qual ela se mostra e pare de viver de ilusões seguidas de desastrosas desilusões!

Você merece bem mais do que isso, mas só vai viver, de fato, algo que realmente te faça crescer e se sentir feliz quando acreditar nesta possibilidade e acender, você mesmo, todos os sinais vermelhos para esta história morna, sem intensidade, sem profundidade e sem coração na qual você vem insistindo em investir.

Em primeiro lugar, perdoe tudo isso, todo o seu passado e todo o seu presente. Compreenda que todos nós erramos para, então, finalmente, acertar! Agora, convicto do que quer, talvez você se dê conta de que a pessoa que está procurando, a que você realmente quer encontrar, não é esta com quem vem lutando e se machucando há tempos. A que você realmente merece encontrar é aquela que estará tão envolvida quanto você.

Sim, isso mesmo, você precisa de um novo amor, mas não de um amor que só existe no seu mundo ou nas suas expectativas vazias. A partir de hoje, portanto, vai investir na busca ou mesmo na espera (consciente e equilibrada) de um amor recíproco, intenso, inteiro, entregue, que esteja tão disposto quanto você a experimentar todos os sentimentos e a superar qualquer dificuldade.

Um relacionamento que lhe renda sonhos realizados, desejos vivenciados e uma história consistente entre duas pessoas que reconhecem que vale a pena insistir, sim, num amor, desde que os dois corações estejam seguindo o mesmo caminho, na mesma direção. E assim, quem sabe, você nunca mais se deixe consumir numa insistência masoquista, esvaziada de qualquer criatividade ou reciprocidade...

Isto é amar e ser livre. Amar e ser feliz!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Senhor é teu marido


Em todo casamento Deus deve ser o marido. Todo casamento perfeito é uma união entre 3 pessoas: Deus o homem e a mulher. Jesus é a aliança entre o homem e a mulher, o elo perfeito é o amor, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Tudo que é construído tendo como base a palavra de Deus permanecerá mesmo depois do maior temporal pois o amor nunca falha ! Mesmo depois do dia mal ele continua firme pois está baseado na palavra de Deus !

Quer vivamos quer morramos nós estamos permanentemente casados com Cristo. O Senhor é nosso marido. Hoje em dia há muito divórcio, muito adultério, muita traição, estas coisas ficaram normais e são aceitas pela sociedade. Mas nós que seguimos o ensino de Jesus Cristo não nos conformamos com este mundo, não tomamos a sua forma porque nossa mente foi renovada pelo conhecimento de Jesus.

Estes pecados podem ser perdoados, mas pecado traz destruição ! A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores! Muitos casamentos são destruídos porque Jesus Cristo não é a base, a base é o pecado, o desejo egoísta, o engano de por a confiança, esperança e alegria em homens e não em Deus.

A bênção do casamento começa com o conhecimento e submissão a vontade do Senhor. Lembre-se, o importante é que o Senhor esteja junto !

Salmos 127:1 - Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam ...

Espera em Deus e não confie em teu próprio entendimento e Ele endireitará teus caminhos. Deus não está onde nós queremos que Ele esteja e sim onde Ele quer estar. Quando alguém ora procurando realização pessoal esta pessoa não é capaz de ouvir a voz de Deus. Por isso oramos "seja feita a TUA vontade"!
A paz de Deus para a qual fostes chamados reine em vossos corações e sede agradecidos.

Com amor,

domingo, 24 de abril de 2011

A espera...


Esse relato é um dos mais bonitos que já li, acredito que vale a pena ler para aquelas meninas e mulheres que esperam um grande amor, mas que as vezes se decepcionam durante esse longo e infinito caminho até chegar o momento certo com a pessoa certa preparada por Deus !
Eu li e me emocionei nesse texto e espero que sejam de bençãos para vocês !

Um grande Abraço
Tatiana


- Alô? João?

- Maria? Olá, Maria! Tudo bem?

- Tudo, João. E aí, como está o coração???

- Ah, Maria, não começa de novo, por favor…

- Tá legal, João. Não liguei pra isso não. Quero te fazer um convite. Posso?

- Manda bala.

- É que o Sammy Tippit vai pregar no ginásio da prefeitura, e vai sair uma kombi de cada igreja aqui da baixada, eu queria te convidar pra ir comigo. É grátis, vai ser no domingo à tarde, e vamos ter boa música e uma boa pregação. Topa?

- Topo.

- Como?!? Você topa?

- Topo, poxa! Era pra não topar?

- Não, claro que era pra topar! É que eu fiquei superfeliz!

- Tá. Que horas tenho que chegar? ”Tô à fim” de ir à noite, no culto, também.

- Nossa, cara, que legal! Olha, chega às 13:30, a perua vai estacionar às 14. Assim a gente não perde a condução, e ainda conversa um pouquinho. Nossa, estou superfeliz, João!

- Tá legal. Vou no culto da noite também. Só que agora tenho que desligar, que o chefe tá chegando. Beijinho. Tchau.

Maria amava a João. Eles namoraram por alguns meses, dois anos antes. Mas João voltara para a velha namorada e Maria ficara magoada, triste, mas não desesperançada. Sempre que podia, enviava telemensagens, e-mails, cartas, recadinhos. João nunca respondia. Ou, quando o fazia, inventava as desculpas mais esfarrapadas. Mas Maria era persistente, e continuava cheia de esperanças.

Muito mais agora, que João prometera ir à cruzada! Sammy Tippit envolvera todas as igrejas da região nessa cruzada. Cada congregação ganhara uma perua para buscar as pessoas. O ginásio comportava umas duas mil pessoas; assim, conseguiria encher todas as arquibancadas.

Ainda era quinta-feira. Maria não se agüentava de tanta felicidade! Até o domingo ela fez de tudo, para demonstrar a sua gratidão ao Senhor, e implorar-lhe a bênção: jejuou, orou por horas, leu muitos capítulos da bíblia, evangelizou, enfim, fez muito mais do que estava acostumada. No seu “diário”, decorou cada um desses dias com um arabesco diferente, colorido e trabalhado. Ela estava tão ansiosa, que perdera até a fome. Estava tão feliz, que cumprimentava a tudo pelo caminho: “Bom dia, poste!”, “Bom dia, gato!”, “Bom dia, hidrante!”. Ah, como é linda a paixão!

Já era sábado. Gastou um bom dinheiro no cabeleireiro, produzindo-se de forma brilhante. Pedira à mãe para apertar o vestido que comprara para o casamento da prima, e emprestara os sapatos de veludo colorido de Soraia, colega de escola. Ela teria, enfim, um encontro! Sim, João iria à cruzada!

Chega o domingo. O relógio marcava 13 horas, e Maria já se encontrava na porta da igreja. O sol brilhava forte, Maria estava debaixo da sombrinha, sem incomodar-se. O zelador ainda não abrira o templo. 13:30: começaram a chegar as meninas da sua turma de mocidade. Também os adolescentes, seus alunos, que iriam cantar no “grande coral da baixada”. Ela estava orgulhosa por ver os meninos integrados em atividades musicais de louvor tão clássicas e solenes.

Faltavam 10 minutos para as 2 da tarde, e a perua chegara. Maria agora suava frio. João não aparecia na rua, nem de um lado, nem do outro. ”Será que ele esqueceu? Oh, meu Deus, estou tão ansiosa!” Às duas em ponto todos estavam presentes, menos o João. Maria inventou, então uma desculpa, dizendo ter esquecido um prendedor de cabelos no banheiro feminino, e pediu para entrar. Pois sim. Ela queria ganhar tempo, para que o seu amor chegasse.

Mas às duas e dez o motorista da perua ameaçou deixá-la, caso não entrasse. Com um grande bico, carrancuda, entrou no veículo, rumo ao ginásio. E João não veio.

Chegaram no ginásio. Gente de toda a parte, de todos os lados, pessoas felizes, com faixas das igrejas, com camisetas coloridas, fitas nos cabelos, bandeirolas na mão, cada um fazendo a sua própria campanha. Maria conduziu o seu grupo para as escadas que davam de frente ao palco onde o coral e o Sammy estariam. Sentaram-se e conversavam muito. Mas Maria observava os portões. ”Será que o meu amor perdeu-se, será que ele vem de ônibus? Será que ele vai me surpreeender? Oh, Deus, por favor, não me deixe sozinha…”

Estava ventando muito nas escadas onde estavam. Marcos e as garotas pediram a ela se poderiam sentar-se lá do outro lado, pois não estavam se agradando do vento. Maria disse que sim. Perguntaram-lhe se não iria com eles, e ela disse que já estava bem acomodada ali. E eles foram embora, deixando-a sozinha. ”Poxa, que amigos da onça eu tenho! Ninguém quis ficar comigo”.

Começou o culto. O coral cantava maravilhosamente. Alguns solos, avisos, e Sammy Tippit pregou a Palavra de Deus, sob a interpretação maravilhosa do Pr. Tércio, da Primeira Igreja Batista de Maceió. Depois do apelo evangelístico, dezenas e dezenas de pessoas desceram das escadas, em lágrimas, entregando-se a Jesus.

Maria ficara feliz, com certeza. Mas o seu coração estava arrasado. O João não veio. E ela queria que essa tarde fosse uma tarde completa: ela e o João. Ela queria estar ao lado de quem amava. Seu coração pulsava forte por João, mesmo que dois anos os separassem.

Assim que Sammy orou pelos decididos, o povo foi se levantando para ir embora, pegar a condução. Mas o coral ainda cantava. Maria ficou até o fim. Maria ouviu parte por parte. Seus garotos estavam cantando, ela fez questão de prestigiá-los. Quando terminaram, ela levantou-se e aplaudiu efusivamente a apresentação, e desatou a chorar. E chorava copiosamente. Seu coração doía. Ela já não sabia se chorava de alegria pelas conversões, ou pelo gozo de ver seus meninos cantando uniformizados, ou se lamentava a ausência de João. Olhou à sua volta. Não sobrara ninguém! Ela estava absolutamente sozinha. A única que ficara sentada na arquibancada!

Maria chorou, e ninguém a consolou.

- “Senhor, por que comigo? O que foi que eu te fiz? A Gláucia, a Cíntia, a Beth, a Zenaide, todas são felizes, estão namorando, e não sofreram assim! Elas me pressionam, Senhor, dizem que não sou normal! Onde está o João, Senhor? Onde estão os meus amigos? Onde está a minha felicidade?”

Ah, sim. A dor que Maria sentia era muito grande. Não era manha não. Nos seus 21 anos, Maria era virgem. Guardara-se para agradar ao seu Criador, honrando ao Senhor Jesus. Maria era trabalhadora, desde os 14 anos nunca deixara de exercer alguma função, e agora era secretária numa boa empresa. Era a primogênita da família, uma filha excelente. Seu quarto era um brinco, seus pais muito a amavam. E, na igreja, um exemplo: recepcionista de visitantes, professora dos adolescentes, cantava solos, dava cursos de artesanato e participava da sociedade de moças. Sua beleza era inconfundível: uma pinta bem debaixo da orelha direita exercia um charme especial. Quando sorria, lindas covinhas se abriam, e os seus loiros cabelos brilhavam mais ainda, combinando com aqueles olhos de um azul claríssimo! Linda, trabalhadora, inteligente, amada, Maria não queria outro homem, somente o João, seu primeiro e grande amor. Maria sentia-se só.

Quantos de nós não somos como Maria, detentores de um vazio enorme dentro do coração, frustrados com as coisas que não acontecem, ou fartos de outras que teimam em acontecer! Quantos de nós ficamos sentados, sem um amigo verdadeiro do nosso lado! Ninguém conhece as profundezas de nossos corações!

Ainda nas escadas do ginásio, Maria orou com a bíblia no colo:

“Senhor, fala comigo! Eu não agüento mais! Senhor, eu preciso ouvir a tua voz!”

Então ela fez algo incomum em sua formação bíblica. Resolveu abrir a sua bíblia aleatoriamente. Sua bíblia estava toda marcada, grifada, sublinhada, com canetas de todas as cores. Então, ao abri-la, deparou-se com um versículo saltando da página, como se dissesse “me leia, por favor!”. Ei-lo:

“Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança.

O texto era Jeremias 29.11. Maria leu, releu, leu novamente, e orou:

“Senhor, se és tu quem falas comigo, então mostra-me que planos são estes! Que futuro é este! Que esperança é esta! Sinto-me sozinha, sinto-me abandonada, indesejada! Senhor, eu preciso saber quais são os teus planos para mim! ”

Maria foi embora na perua. Chegando na igreja, foi ao banheiro, lavou seu rosto, arrumou-se um pouco e foi ao seu lugar especial, no quarto banco à esquerda, próximo do ventilador.

Com o coração pesado, Maria sentia vontade de estar invisível, de não ser notada, de ser só ela e Deus, naquele momento. O pastor solicitava os cânticos, Maria só ouvia as canções, acompanhava com o pensamento. Mas, por fora, apenas lágrimas copiosas rolavam de suas faces. João não viera ao culto também. Não, ela nem olhava para a porta do templo. De que adiantaria?

Maria chorava. Enquanto o pastor pregava, Maria estava à quilômetros de distância, sentindo o rosto a queimar, o peito a doer, o corpo a moer. Duas senhoras, sentadas próximas, lhe perguntaram: “Maria, o que há? Você está bem? Está sentindo dores? Quer que tragamos água, ou a acompanhamos até o banheiro?” Gentilmente Maria desculpou-se, dizendo: “Não, irmãs. Eu estou em comunhão com Deus”. As irmãs, imediatamente a deixaram em paz. É como se estivessem tocando em solo sagrado. As lágrimas derramadas na presença de Deus, não devem ser represadas.

Ah, quando o peso é grande demais, quando a dor é forte demais, quando o abandono é longo demais, quando a frustração é profunda demais, sentimo-nos como Maria! O rosto nos queima, as canções soam longe, a pregação nos escapa, o mundo muda de ritmo, parece que tudo custa a passar! Estar com o Senhor é o melhor lugar, em tempos de perturbação!

Maria dizia em seu íntimo:

“Senhor, que planos tens para mim? Que esperança me dás, se as coisas que mais quero não consigo ter? Aonde está o meu João? Aonde está o respeito das minhas amigas? Eu sou diferente, Senhor! Todas têm namorados, todas estão quase se casando, e eu estou aqui, sozinha, chorando por um homem que não me ama! Fala comigo, Senhor!”

O culto terminara. O pastor dera a bênção apostólica e fora à porta, despedir os membros. Maria, que era uma das primeiras a confraternizar-se, ficou sentada. Suas pernas pesavam, ela estava fraca, sentia-se mal, queria morrer. ”Fala-me, Senhor!”

Depois do tumulto do instante inicial, o corredor foi se tornando mais livre, e as crianças corriam de um lado para o outro. Julinho, um garotinho espoleta, correndo por todos os lados, tropeçou numa bíblia, pegou-a correndo, deu-a aberta à Maria, e disse: “Tó, tia, tô indo. Tchau”.

Maria tomou a bíblia e, antes de fechá-la e colocá-la no encosto do banco, viu acesos alguns versículos grifados, e decidiu lê-los antes. Ei-los:

Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre.
Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade.
Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

Então ela pensou:

“Meu Deus! Paulo dava graças mesmo padecendo necessidades! Paulo passava fome também! Era isso que ele queria dizer, quando falava POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTALECE!”

Foi como o sol a nascer no horizonte da vida de Maria. O Espírito Santo mostrara-lhe algo que lhe era encoberto: “ANTES DE PENSAR NAQUILO QUE NÃO SE TEM, AGRADEÇA PELAS COISAS QUE TEM”. Sim, era disso que ela precisava! Mas, como tirar a dor do coração? Como esquecer do João, ou do opróbrio?

Maria ajoelhou-se, tomou as mãos e fez um gesto, como a colocar sobre o banco um pacote. E disse:

“Senhor, eu não sou capaz de agradecer pela necessidade. Eu não sou capaz de gostar do teu plano para a minha vida. Mas EM CRISTO, que me fortalece, eu serei capaz. Capacita-me, ó, Pai! Agora, Senhor! Dá-me um coração igual ao teu, meu Mestre!”

A dor não saiu rapidamente, mas Maria levantou-se dali decidida.

Ela decidiu não ligar mais para o João. Se alguém estava perdendo nessa história, esse alguém era ele e não ela. Portanto, se ele não dava valor, então era porque o Senhor não o havia designado como companheiro para ela.

E, sobre esse assunto, Maria decidiu pensar o menos possível. Disse ela: “Se eu pensar no quanto sou infeliz sozinha, os meus problemas não melhorarão. E, se eu pensar que Jesus está comigo, não vou piorar. Então eu escolho não pensar mais na solidão, e entregá-la nas mãos de Deus”.

Ela decidiu ignorar o opróbrio das amigas. Ela explicou a elas que, se elas estavam namorando e iam se casar em breve, que agradecessem ao Senhor por isso, mas que não quisessem obrigá-la a ter a mesma coisa, pois, em sua vida, os planos de Deus eram outros, e isto tinha que ser respeitado. Suas amigas entenderam, e não forçaram mais nenhuma situação embaraçosa.

Sua fisionomia já não estava abatida. Pelo contrário, Maria agora estava mais simpática que nunca! Lecionava com mais amor e vigor, aos seus adolescentes; cantava com gratidão ao Senhor; recebia os visitantes com grande simpatia; enfim, tudo ficou melhor. Ela dizia:

“EM TUDO DOU GRAÇAS, MESMO PELAS COISAS QUE NÃO GOSTO. DEUS TEM PLANOS PARA MIM, PLANOS DE PAZ, PLANOS DE VIDA, PLANOS DE ESPERANÇA. VOU CONFIAR!”

E Maria tornou-se feliz.

Dias atrás, soube que casou-se! Sim, um jovem garboso e elegante (garboso? essa palavra é arcaica; hoje se diz “saradão”…), muito crente, gentil e responsável, atravessou o seu caminho quando ela menos esperava. Os dois se gostaram tanto, se entenderam tão bem, se atraíram tanto, que casaram-se, numa festa de fazer cair o queixo. O primeiro filho chama-se JEREMIAS, e o PAULO está prestes a nascer. Que coisa!

Limpando as gavetas
(Leticia Thompson)

E por falar em coisas bonitas,
Aqui vai um brinde para você

Se é verdade que a cada dia
basta sua carga, por que então
teimamos em carregar para
o dia seguinte nossas mágoas e
dores?

Há ainda os que carregam para
a semana seguinte, o mês seguinte
e anos afora...

Nos apegamos ao sofrimento,
ao ressentimento,

Como nos apegamos a essas
coisinhas que guardamos nas
nossas gavetas,
sabendo inúteis, mas sem
coragem para jogar fora.

As marcas e cicatrizes ficam
para nos lembrar da vida, do que fomos,
do que fizemos e do que devemos evitar.

Não inventaram ainda uma
cirurgia plástica da alma,

onde podem tirar todas as
nossas vivências e nos deixar
como novos.
Ainda bem...

Não devemos nos esquecer do
nosso passado, de onde viemos,
do que fizemos, dos caminhos que
percorremos.
Não podemos nos esquecer de
nossas vitórias, nossas quedas e
nossas lutas.

Menos ainda das pessoas que
encontramos, essas que direcionaram
nossas vidas, muitas vezes sem saber.

que não podemos é carregar dia-a-dia,
com teimosia, o ódio, o rancor, as
mágoas, o sentimento de derrota e o
ressentimento.

Acredite ou não, mas perdoar a quem
nos feriu dói mais na pessoa do que o
ódio que podemos sentir durante toda
uma vida.

As mágoas envelhecidas transparecem no
nosso rosto e nos nossos atos e moldam
nossa existência.

Precisamos, com muita
coragem e ousadia,

abrir a gaveta do nosso coração
e dizer:
Eu não preciso mais disso,

isso aqui não me traz
nenhum benefício
E quando só ficarem a lembrança
das alegrias,
do bem que nos fizeram,
das rosas secas, mas
carregadas de amor
mais espaço haverá para
novas experiências, novos
encontros.

Sua vida merece que, a cada dia,
você dê uma chance para que ela
seja plena e feliz.

sábado, 2 de abril de 2011

Como saber?


Como saber? O que considerar? Questões ponderáveis ou imponderáveis? Razão, emoção ou intuição? Já pensou se existisse uma espécie de equipamento de raios-x ao qual pudéssemos submeter a pessoa por quem estamos interessados para avaliar as chances de a relação dar certo, ou ao menos um percentual de compatibilidade de gêneros. Algo como um sistema validado pela ciência ou qualquer órgão que julgássemos confiável?

Sim, parece mesmo que seria ótimo. Assim, pouparíamos não só boas doses de dúvidas, medos e angústias, mas também aquela irritante sensação de que perdemos um tempo precioso de nossas vidas investindo na pessoa errada. Além disso, um diagnóstico que nos mostrasse se, estatisticamente, essa pessoa vale e merece nossos melhores sentimentos, serviria também para evitar riscos terríveis, tais como sermos enganados, gostar de quem, que em algum momento, poderia deixar de gostar da gente. Enfim, muitos dissabores e decepções.

Porém, essa não é a dinâmica da vida e nem doa mor. Pessoas e sentimentos não são precisos ou mensuráveis. Relações não são definitivas. Tudo o que vivemos, ou melhor, tudo o que é vivo, é flexível e passível de transformações, num constante e infindável movimento de construção, desconstrução e reconstrução. E, por isso mesmo, nesse contexto, medidas e valores são absolutamente questionáveis. Ou seja, o que é perder tempo com a pessoa errada?

Tempo? Que tempo? Em qual tempo nos baseamos para avaliar a sensação de perda: antes, durante ou depois? Perder o que? O que seria possível perder de verdade quando falamos de relacionamentos? Pessoa errada? O que é pessoa errada? Pra quem? A partir de que momento? Se fosse sempre errada, não teríamos começado um relacionamento com ela, disso tenho certeza! Em alguma medida, em algum tempo, algo se ganhou e ela foi, portanto, a pessoa certa!

O problema é que perguntamos demais. Pensamos demais. Julgamos demais. E, nesta mesma medida, vivemos de menos, fazemos de menos, sentimos de menos. Abrimos mão do essencial e, com medo de sofrer, sofremos por conta do que pode haver de mais terrível: o desperdício de tentar. Sim, porque no final das contas, é a única possibilidade que temos – tentar! Ir lá e fazer o que for possível, até quando for possível...

Não dá mais? Acabou? Deu? Ok... Esteja certo de que você não perdeu nada, muito menos tempo. Perder tempo é deixar de viver, deixar de tentar. E se, ainda assim, sente que perdeu, é porque não olhou direito, não amadureceu o suficiente. Ainda está achando que era a pessoa errada? Bobagem! Esqueça isso de pessoa certa ou pessoa errada! Existem apenas pessoas, pessoas tentando, relacionando-se, trocando, desejando apenas serem felizes e amadas.

E assim é composta a melodia do amor: de tentativas, cada dia mais ricas e consistentes, entre pessoas que se sabem crescendo, aprendendo, ganhando e, sobretudo, vivendo! Pessoas, no final das contas, sempre, sempre certas!

Dra. Rosana
Psicóloda e Consultora

Traição


Para qualquer casal a traição quando acontece é naturalmente um motivo de profunda tristeza, ressentimento, frustração, surpresa, brigas.

Em cada cultura a relação com outro parceiro terá um significado próprio, mas nas culturas monogâmicas a relação extraconjugal não é aceita. Vivemos no modelo da monogamia e dentro desse modelo a proposta é de exclusividade na relação e todo terceiro é visto como um intruso, uma ameaça à dupla já formada.

No geral, o triângulo em qualquer tipo de relação costuma trazer confusões e dificuldades, seja entre amigos, no trabalho e acima de tudo na vida conjugal. Nesses cenários se repetem os mesmos movimentos, dois se unem, um se sente de fora, mais adiante a dupla muda e será um outro o excluído. À medida que todos se tornam adultos essa dinâmica passa a ser mais administrável e mais fácil, menos persecutória, mas ainda assim todos conhecem aqueles que não conseguem compartilhar amigos, que não sabem conviver em grupos de trabalho e assim por diante. De toda forma existe, em especial na vida adulta, uma área onde o terceiro não deve nunca existir, nas relações amorosas. Não há crescimento e amadurecimento que leve à uma aceitação desse tipo, somos criados na nossa cultura para sermos fiéis. Compreendemos que quando há uma escolha por um parceiro devem ficar de fora todos os outros e dentro dessa regra e desse desejo seguimos.

Acontece que precisamos perceber que a traição, quando estamos falando de casais adultos, experientes e maduros, na maioria das vezes acontece por determinadas razões, situações, sentimentos, medos, erros que levam a esse desfecho. Acima de tudo costumo acreditar que a traição tem um sentido dentro daquela dupla, ela representa um aspecto adoecido da relação em questão.

Com isso não quero dizer que não haverá dor, ressentimento, profunda tristeza, ninguém em um primeiro momento lida com a traição como um representação de aspectos de uma relação. Ela é vista e sentida prioritariamente como um golpe não anunciado. Poderia dizer que a traição é o último recurso, o último grito de que algo não vai bem, que alguém não está feliz, normalmente os casais já manifestaram suas insatisfações, mas muitas vezes não foram percebidas e eles mesmos as atropelaram. Muitos são maduros o suficiente e conseguem administrar os problemas conjugais de outra forma, brigam, discutem, conversam ou se separam, muitos porém “atuam” a dificuldade, transformam em ato aquilo que não sabem expressar.

Com tudo isso, quero apontar que nem sempre a traição acontece por falta de caráter, por malandragem (usando termos coloquiais) e muitas vezes porque aquele que trai tem uma profunda dificuldade em nomear, verbalizar e até perceber o que está sentindo, que deseja mudanças, que se sente insatisfeito. Claro que podemos sempre dizer que muitos se sentem assim e não recorrem à uma outra relação, o que é absoluta verdade e por isso o sofrimento é ainda maior, quando se está com alguém que não soube ser adulto ou maduro para abrir o jogo e expor suas questões afetivas. Também entendemos a traição como um desejo quase infantil de reparação imediata das insatisfações da vida e como uma fuga da realidade, pois é na fantasia que uma relação extraconjugal se forma e se mantém, a maioria quando confrontada com a realidade não segue adiante.

É possível compreender a traição como um gesto que leva à uma crise entre o casal e se essa crise acontecer em um casal que, apesar de tudo, deseja estar junto, deseja recomeçar, reparar os erros, retomar do ponto de onde se perderam, ela terá por fim uma utilidade, ela servirá como seta apontando para a necessidade de uma nova direção.

Toda crise conjugal tem um significado, uma razão para acontecer, a crise não precisa ser necessariamente o caminho para um ruptura, ela pode, apesar de toda a dor e sofrimento, ser um período que levará à mudanças e transformações, ao crescimento e amadurecimento, em muitos casais ao fortalecimento da relação, à um novo encontro dentro de uma antiga união.

Um abraço,
Juliana




Este artigo foi escrito por:


Dra. Juliana Amaral
Psicóloga


Currículo

Dra. Juliana Amaral é:
Psicóloga Clínica, Psicanalista, formada pela PUC.RJ. Atendimento clínico em consultório particular ha 10 anos. Atendimento de crianças, adultos e família.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Casamento


Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO

como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO

tem que ser ininterrupta...
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO

Agressões zero.
Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR

para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.
Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA

tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!

E felicidades a todos nós!

sábado, 26 de março de 2011

ABIGAIL – UMA MULHER BELA, GENEROSA, SÁBIA E CHEIA DE VIRTUDES

“Abigail... era a mulher de bom entendimento e formosa...” (1Sa 25:3).

Abigail era uma mulher formosa que amava o Senhor.
Ela estava sendo refinada como a prata mas, pacientemente, aceitava os ensinamentos de Deus. A cada dia, ela aprendia a conviver com um marido (Nabal) insensato, tolo e sem nenhuma sabedoria.

Apesar da Bíblia não relatar como era o seu trabalho no lar, supomos que ela era uma boa dona de casa e uma esposa exemplar. Além destas qualidades que agradavam a Deus, ela ainda era generosa, inteligente e uma mulher pacificadora.

Observando o seu marido, podemos ver que ele era um homem duro e muito mau. Por causa da dureza do seu coração, recusando ajudar com víveres a Davi e seus companheiros, ele pôs em risco a sua vida, a da sua família e servos.

Em 1 Samuel 25:14-17 a Bíblia nos diz que Abigail foi avisada deste procedimento insensato do seu marido. Veja como tudo aconteceu:

”Porém um dentre os moços o anunciou a Abigail, mulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou mensageiros desde o deserto a saudar o nosso amo; porém ele os destratou. Todavia, aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravado por eles, e nada nos faltou em todos os dias que convivemos com eles quando estavam ao campo. De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas. Considera, pois, e vê o que hás de fazer, porque o mal está de todo determinado contra o nosso amo e contra toda a sua casa, e ele é um homem vil, que não há quem lhe possa falar.”

Homem rico, porém tolo e insensato!
Observando estes versículos podemos ver que o relacionamento entre Abigail e seus servos era de pura confiança, enquanto o de Nabal com eles era de completa desconfiança.

Ao examinarmos o nosso caminhar diário podemos saber de que lado estamos:

*Será que sou parecida com Abigail, uma mulher equilibrada, sábia e dócil de coração?
*Ou será que sou mais parecida com Nabal, um homem duro nas decisões, autoritário e com um coração insensível?

Posso descobrir de que lado estou observando:
*Como trato meu marido;
*Como trato meus filhos;
*Como trato aquela (s) pessoa (s) que me ajuda (m) no trabalho de casa.

Você é uma mulher mansa, dócil, compreensiva assim como Abigail?
Ou você é uma mulher rixosa como a esposa de Jó?

Irmã, cabe a nós decidirmos se queremos estar no centro da vontade de Deus agradando-o, ou se queremos andar com nossos próprios pés fazendo o que agrada à nossa carne.


“Senhor, que eu decida Te agradar, andar no centro da Tua vontade, mesmo tendo que enfrentar inimigos, o inimigo das nossas almas, tribulações, privações...
Aceita, a minha oração e
‘cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Fortalece, Senhor, o meu caráter e aumenta a minha fé! Amém!"

Por causa da resposta insensata de Nabal, Abigail teve que agir com rapidez
 e sabedoria a fim de salvar a vida de seu marido, de toda a sua família e de seus servos.

Certamente, Abigail era uma mulher submissa a seu esposo, porém quando ela viu o grande erro que ele havia cometido, ela preferiu seguir o seu coração que era, na verdade, mais submisso a Deus.
Ela não mediu esforços para levar até Davi tudo que ele estava precisando e muito mais – “... duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados...” (1Sa 25:18).

Abigail levou consigo não somente a comida para Davi e seus homens mas também levou um coração humilde. A Bíblia nos diz em 1 Samuel 25:23 que Abigail foi até Davi e “...se inclinou à terra. E lançou-se a seus pés e disse: Ah, Senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva.” E Abigail continuou pedindo a Davi que não matasse seu marido nem ninguém da sua casa. E Deus usou...

1- uma mulher fiel para por em prática o Seu plano na vida dela [“... e ela seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher” (1Sa 25:42)];

2- uma mulher dócil, com voz branda que falou na hora certa, palavras certas e inspiradas por Ele [“... tempo de estar calado, e tempo de falar” (Ecl 3:7)];

3- uma mulher que o temia [“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria...” (Pro 9:10];

4- uma mulher sábia que, rapidamente, decidiu como deveria salvar a sua família e seus servos [“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tia 1:5)].

Você, amada irmã, quer ser uma mulher usada por Deus? Então comece, desde já, orando ao Senhor que a transforme numa mulher de voz mansa e suave fiel, dócil, temente a Ele e cheia de sabedoria.

A Bíblia nos diz que “... passados quase dez dias, feriu o Senhor a Nabal, e este morreu” (1Sa 25:38).
Com a morte de Nabal, Abigail começou uma nova vida. O Senhor pôs um ponto final nos problemas que perturbavam o seu dia-a-dia.

Quando Davi soube da morte do homem que o afrontou, mandou chamá-la para ser sua esposa. Que alegria! Sua vida, agora, iria mudar! Ela seria a esposa daquele que ela livrara de cometer um crime, daquele que era o amado do Senhor, daquele que era segundo o coração de Deus. Ela ia ser esposa de Davi.
Ela, com um coração alegre e submisso, seguiu os mensageiros de Davi que a recebeu por mulher.

O plano de Deus para a vida de Abigail tornou-se realidade. Ela não mais estava casada com um homem ímpio, tolo e beberrão mas Deus a presenteou...
1- com um marido que ouvia e obedecia a voz de Deus de todo o seu coração;
2- com um filho (o segundo de Davi) cujo nome, Quileade, significava “Deus é meu juiz” (2Sa 3:3).

Ao observarmos todo o desenrolar da vida de Abigail, podemos aproveitar as lições sábias de uma mulher que temia ao Senhor (portanto, uma mulher sábia, pois a Bíblia nos diz que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sal 111:10)) e, por isso, era submissa a um marido tolo e ímpio.

E você, irmã, é submissa a seu marido como nos manda a Bíblia em Efésios 5:22?
Quando a Palavra de Deus me diz que devo ser submissa a meu marido, eu devo ser submissa independente dele ser crente ou não, dele ser bom para mim ou não, dele ser um beberrão ou não. No mandamento bíblico não existe a conjunção subordinada condicional (SE)
. Lemos claramente o mandamento do Senhor sem nenhuma condição.

Irmã, não encaremos este mandamento como um castigo para a nossa vida. Não somos capachos de nossos maridos. Somos, sim, a rainha que se orgulha do seu rei , a vice-diretora que ama o seu diretor, a vice-presidente que admira o presidente. Podemos opinar, podemos conversar mas deixemos para ele a decisão final e (esta parte é a mais importante) acatemos a decisão dele como se fosse a nossa. Coloquemos no altar do Senhor o nosso coração e tudo na nossa vida tornar-se-á mais fácil de ser encarado.


 Façamos como Abigail que, provavelmente, tomou esta decisão e não se sentia humilhada mas, ao contrário, decidiu humildemente se humilhar diante de Davi para salvar a vida de todos aqueles que ela amava.

Sigamos cada passo desta mulher que teve o privilégio de receber do futuro rei de Israel uma bênção que saiu do coração de um homem que amava o Senhor e era amado por Ele – Davi, o homem segundo o coração de Deus.
“Então disse Davi a Abigail: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me impediste de derramar sangue, e de vingar-me pela minha própria mão” (1Sa 25:32-33).

Irmã, eleve o seu coração e a sua alma ao Senhor e peça sabedoria e discernimento no seu casamento. Ore por seu marido para que ele seja uma bênção nas mãos do Senhor. Esqueça de contar ao Senhor as mágoas que você tem dele e se volte apenas para as suas (do seu marido) necessidades.


“Senhor, recebe em Teu altar o meu casamento. Que eu e meu esposo possamos ter uma vida conjugal firmada em Ti.
Abençoa, Pai, o meu marido.
Dirige cada passo dele a fim de que ele possa andar por caminhos que Te agradam.
Orienta o seu dia- a- dia.
Abençoa o seu relacionamento com nossos filhos, pois, muitas vezes, não é fácil.
Abençoa o seu relacionamento comigo para que juntos possamos mostrar ao mundo que temos um Deus que amamos e que nos ama apesar dos nossos defeitos.
Abençoa, Senhor, principalmente o seu relacionamento contigo. Que ele possa Te colocar em primeiro lugar em sua vida, não permitindo que nada nem ninguém interfira no plano perfeito que tens para a vida dele. Amém!
Por Valdenira Nunes de Menezes Silva

Amar a Quem não Merece


Oséias retrata a profundidade do amor de Deus mais vivamente do que qualquer outro livro do Velho Testamento. Usando as experiências de um homem que perdoou e se reconciliou com sua esposa adúltera e que amou os filhos nascidos das traições dela, Deus mostrou como podia amar e perdoar o povo infiel de Israel.

A vida de Oséias era cheia de sofrimento e dor. A mulher que ele amava desprezava-o. Em vez de lhe agradecer por sua bondade em sustentá-la, ela gastava os bens dele na prostituição. Em vez de ficar com o único homem que realmente a amava, ela procurava homens inúteis que a usavam apenas para seu próprio prazer. Ela partiu repetidamente o coração de seu esposo fiel e amoroso.

Mas Oséias ainda amava Gômer, a mulher que o traía. Quando ela estava em dificuldade, ele foi socorrê-la. Quando ela tinha perdido o rumo na vida, ele a retirou para um lugar isolado para conquistar novamente o coração dela. Em vez de odiar a mulher que o tinha tratado tão mal, Oséias continuou a amar esta esposa que não merecia amor e a oferecer aceitá-la de volta.

Oséias, talvez melhor que qualquer outro homem, entendia como Deus se sente quando olha para um pecador. Sendo perfeito e santo, Deus tem todo direito de odiar e desprezar qualquer pessoa dominada pelo pecado. O pecado é feio para ele, tão repulsivo que ele não pode suportar sua presença. Mas Deus, com Oséias, olha além do pecado para ver a pessoa que errou. Paulo pegou o significado desse amor num único versículo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8).

Deus não nos salva porque sejamos bonitos ou mereçamos seu amor. Ele olha além da terrível feiura de nosso pecado para ver uma alma que ele ama. Ele não vê alguém dominado pelo pecado, mas alguém que pode ser restaurado em sua comunhão com o Criador. Assim como Oséias amava sua esposa infiel e queria resgatá-la de sua vida lamentável, assim Deus nos ama e quer proteger-nos do pecado. Agradeça a Deus porque ele é capaz de amar a quem não merece amor!

- por Dennis Allan

terça-feira, 22 de março de 2011

TESTEMUNHO


Em 9/2/2011 por:
Ageu Rogerio de Lima
ageurl@hotmail.com
Assembléia de Deus
Nilópolis / RJ


Amados irmãos,
É com muita alegria que estou escrevendo esse testemunho. Esse milagre no meu casamento.
Casado há 20 anos, mais 4 de namoro, dá uns 24 anos juntos.
Bem... aceitamos Jesus no mesmo dia e Deus já tinha usado o pastor da minha igreja para nos revelar algumas coisas, principalmente a respeito do meu casamento...
Foram umas três revelações, umas dessas o pastor via nos separando...
Até então não me liguei muito nisso não mas quando brigávamos aí sim eu ficava as vezes pensando.
As coisas começaram a piorar e acabei me afastando do Senhor ao invés de me aproximar.
E assim foi indo: brigas, palavrões e as vezes dormindo separados.
Os anos foram se passando e nada de eu voltar para a igreja... Até que um dia já não aguentando mais com tantas brigas, resolvi enviar um e-mail para ela dizendo que já não era mais feliz com ela e que, se eu arrumasse uma outra pessoa e não fosse feliz não faria diferença nenhuma por que já não era feliz com ela já há muito tempo.
Esse e-mail enviei no dia 15 de junho de 2010. Tinha bebido cerveja o dia todo; Foi tudo o que o inimigo queria. Ela foi morar com a mãe.
Os dias foram se passando e já tinha se passado uns 13 dias quando um belo dia acordei com uma saudade muito grande da minha esposa, muito mesmo!
Comecei a enviar e e-mail para ela pedindo desculpas e nada de ela responder. Aquilo começou a me entristecer me deixando sem saber o que fazer para traze-la de volta.
Quando foi no dia 27 de junho resolvi renovar a minha aliança com o Senhor por que eu sabia que só o Senhor poderia restaurar o meu casamento.
Essa fé que eu tinha era muito grande e pensei: Agora é so eu e o Senhor!
Comecei a frequentar a igreja assembléia de Deus quase que todos os dias da semana, as vezes triste, sem forças para caminhar, mas eu, tinha a certeza que Deus ia restaurar o meu casamento.
Os meses foram se passando até que no mês de outubro recebi uma carta precatória onde a minha esposa pedia a separação.
Fiquei muito abatido, triste, mas sabia que Deus me daria a vitória.
Fui até ao fórum no mesmo dia para dar o número da minha identidade e assinar um papel para constar que eu tinha recebido a carta com o pedido da separação.
No mesmo mês de outubro, tinha vindo de um culto quando sentei na cadeira liguei o computador. Como fazia as vezes, só para ver se a minha esposa tinha respondido o meu e-mail, mas nada.
Foi quando eu parei, fiquei sem pensar em nada. Quando ouvi uma voz me dizendo: Ageu quero falar com você. Me ajoelhei e comecei a glorificar a Deus dando glórias, aleluias sem cessar.
E Deus me falou: Acalma o teu coração por que a vitória é sua!
Comecei a chorar, chorar! Foi a primeira que Deus tinha falado comigo.
Fui procurando cada vez mais a face do Senhor. Fazia campanhas, subi ao monte, orava de manhã de tarde e a noite.
A minha esposa teve no mês de novembro duas vezes comigo. Quando eu pensei que ia ficar tudo na paz que meu casamento tunha sido restaurado ela sumiu e ficou no silêncio mas Deus já tinha falado comigo.
Fiquei um pouco triste por ela ter vindo e não ter ficado de vez. Mas continuei na peleja sem murmurar e sem reclamar.
Os meses continuram se passando. Foi até que no mês de fevereiro no dia 1 de fevereiro que resolvi mandar um e-mail para ela. Eram 10h50 da manhã quando eu mandei.
Desliguei o computador e fui trabalhar.
Quando liguei o computador na parte da tarde abri a caixa de e-mail e ela tinha me respondido, me dizendo que chegaria no outro dia para ficar de vez.
Dia 2 de fevereiro, dia da minha vitória!
vitória que Deus tinha me prometido. O nosso Deus não promete para falhar.
Toda honra e toda glória seja dada ao Senhor. Não há Deus maior, não há Deus melhor. Não há Deus tão grande como o nosso Deus!
Irmãos, creiam somente e tenham fé. O que é o tempo para quem é eterno?
Texto extraído do
Blog:http://comodeusvairestaurarseucasamento.blogspot.com

segunda-feira, 21 de março de 2011

12 verdades que todos os homens gostariam, que as mulheres soubessem


1. O homem se conecta emocionalmente à esposa a partir do diálogo sexual. Para o homem o sexo produz o oxigênio que mantém o casamento vivo.
2. Quando o esforço do homem não é reconhecido, isto impede que ele continue fazendo aquilo é importante para a mulher.
3. Todo homem quer ter ao seu lado uma esposa atraente. Uma mulher que se preocupa com sua beleza estética.
4. O homem quase sempre pensa: A ela soubesse o quanto é importante a companhia dela em meus momentos de lazer.
5. O homem tem a necessidade de se sentir cuidado.
6. O homem precisa estar certo de que está no controle. Todo marido tem prazer em proteger a mulher quando esta reconhece sua liderança.
7. Todo homem espera respeito e admiração.
8. Quando o homem está estressado e com muitos problemas para resolver, ao chegar em casa ele quer silêncio.
9. O homem tem a tendência mais para a ação do que para as palavras.
10. Nenhum homem gosta de ter ao lado uma mulher que o tempo todo tenta ensiná-lo, principalmente no carro.
11. Todo homem se irrita ao ouvir da mulher as expressões: “Você sempre...” “Você nunca faz...” “É sempre assim...”.
12. O homem sempre espera que a mulher faça da sua casa o melhor lugar do mundo para se estar.
por Josué Gonçalves


Texto extraído do blog: Como Deus pode e vai restaurar seu casamento (http://comodeuspodeevairestaurarseucasamento.blogspot.com/)

O que posso fazer pra te fazer feliz???



Eu posso apostar que você tem um profundo desejo de ser feliz. É claro né?! Não precisa ser nenhum adivinho para saber disso, pois tal anseio é inerente ao ser humano. Mas, como se faz para ser feliz quando se é casado? Já dizia a velha piada:

- Ah meu filho, sua mãe e eu éramos muito felizes. Viajávamos com freqüência, saíamos sempre para passear, sempre em um lugar diferente, curtíamos muito um ao outro. Mas já faz vinte e cinco anos. Hoje as coisas não são mais assim.
- E o que foi que aconteceu, pai? Perguntou o filho.
E o pai responde:
- Nos casamos.

Se esta anedota é uma piada, mas existem muitos casos parecidos, não parecem absolutamente nada com uma piada. Mas tanto na piada como na vida real o drama é um só: a ausência da felicidade. A partir daí surge um problema quase generalizado nos casamentos de hoje em dia, que é todo mundo quer ser feliz a qualquer custo. E o que é pior. Quando não se consegue cobra-se absurdamente do marido (ou da esposa) que lhe faça feliz ou o (a) culpa por não ser.
Não há nada de errado em querer ser feliz. A questão no casamento é como fazer a esposa feliz. Afinal, casa-se para fazer o outro feliz e não a si próprio. Por exemplo, você já perguntou à seu esposo:

Amor, o que posso fazer para te fazer feliz?

Já pensou passar anos de matrimônio sem essa preocupação? Imagina quanto ela já não sofreu por bobagens, por simplesmente não ter perguntado o que ele gostaria de fazer no fim de semana.
Se você ainda não perguntou, não perca mais tempo, se dirija sem medo da resposta e pergunte a seu esposo como você pode fazê-lo feliz. E um detalhe muito importante. Faça todo esforço possível para ver no rosto dele um belo sorriso.
Ah! É claro que o mesmo se aplica às esposos para com suas mulheres.
Quebrem o orgulho, desistam de ter a razão, experimentem a revolução que essa simples perguntinha pode gerar na sua família.

domingo, 20 de março de 2011

Novo Clip - FAZ CHOVER - FERNANDINHO

Meu marido me deixou e agora???


Uma das maiores frustrações de uma mulher é ser abandonada pelo marido, o companheiro-amigo em quem ela depositou seus sonhos de casamento e de família. É como se, de uma hora para outra, o universo viesse a desabar em sua frente. Depois que, além da dificuldade de um possível diálogo, restam filhos, casa, responsabilidades que antes eram atribuídas apenas ao marido e, claro, aquela sensação de fracasso, de derrota, que sempre provoca a pergunta interior: “onde foi que eu errei?”. Em alguns casos, às vezes fica até mais fácil recomeçar a partir de um entendimento e esforço humanos, mas que o recomeço, na maioria das vezes, é um fardo pesado, dificílimo, disso não tenho dúvidas.

Por mais que conselhos sirvam para orientar melhor e para amenizar a dor de uma separação, é necessário compreender alguns pontos que ajudarão a obter uma significativa melhora de vida; e o primeiro deles, refere-se em não perder a classe e a esperança, ou seja, a fé, diante de uma circunstância adversa. Seja lá qual tenha sido o motivo ou quem o motivou, devamos transmitir ao próximo a certeza de que o outro, até aquele momento, havia se relacionado com uma pessoa muito educada, de bons princípios e moderada no falar. Essa impressão positiva de que temos classe para resolver e superar qualquer problema, embora venha a ser apenas superficial, é extremamente indispensável porque se constitui em uma reação oposta ao clima que se criou. Por isso nunca saia de um relacionamento agredindo; demonstrando desespero, culpa, fracasso, rancor etc. Esses sentimentos só irão alimentar ou despertar a sensação de que estávamos relacionados com uma pessoa descontrolada emocionalmente.

O descontrole emocional fecha portas para o sucesso e alimenta o ego de quem não nos quer ver felizes. Outra palavra citada foi “esperança”. Ela significa que não é hora de agir; de se precipitar, mas de esperar. Esperar o quê? Que a “poeira baixe”, que você consiga reorganizar as idéias; “arrumar a casa” e para isso é necessário tirar algumas coisas do lugar e limpar as sujeiras dos cantos (oq. está oculto, e precisa ser descartado) raciocinar melhor; enxergar que nem tudo está perdido, nem na sua vida individual nem na sua vida familiar, e passar, através de oração e jejum, a ficar na dependência de Deus, esperando o agir do Senhor JESUS.
É isso mesmo. Nem toda separação é definitiva, dependendo de como reagimos a ela. Há separações que funcionam apenas como a uma bússola de ajuste para o casal. Não estou dizendo com isso que sou a favor de separações; mas, em algumas circunstâncias, ela serve para ajustar alguns pontos que o casal não estava conseguindo fazer enquanto estava junto.

É o chamado “refúgio covarde”. O ideal é que os dois se ajustem juntos, superem juntos os problemas do casamento, sem necessidade de uma separação. Esse ajuste traz maturidade e consistência ao matrimônio.
O segundo ponto dessa análise é ter em mente que a responsabilidade pelo suposto fracasso é exclusivamente sua. Na realidade, não será só sua. Será de ambos. Mas quando trazemos para nós a culpabilidade, conseguimos enxergar melhor onde erramos e, assim, detectamos com maior facilidade os possíveis caminhos de conserto. Sabemos que em todo relacionamento as vitórias e os insucessos são de inteira responsabilidade dos dois. Porém, ficar sempre transferindo responsabilidade ao outro, vai nos fazer convencidos de uma realidade que na verdade não existe. A realidade de que não tivemos responsabilidade alguma pelo fracasso. Outro detalhe importante: humilhar-se diante de DEUS, reconhecer que você não fez o seu melhor, pedir perdão, amadurecer espiritualmente, fará com que a vitória venha mais rápido do que você imagina. Convença a si mesma que parte dos fracassos se deu por sua inteira responsabilidade. O que dificulta um ajuste mais rápido do casal é o fato de cada um não procurar enxergar onde errou e o que pode fazer diferente na relação. Viver se eximindo das culpas, transferindo tudo para o outro, apontando o dedo para o companheiro, não levará a caminho algum. O melhor é reconhecer para si e para Deus. Os humilhados na presença de Deus serão exaltados, não é assim que a Bíblia diz? Isso traz paz, alívio, renova as nossas forças e nos dá esperança de dias melhores: “Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e ELE te concederá o que deseja o teu coração” (Salmos 37:3-4).

O ponto é respeitar o “direito” de quem se sente no direito de não nos querer mais. Pareceu complicado? Então vou explicar melhor: as pessoas não precisam necessariamente de motivos claros e justos para propor uma separação, certo? Elas podem alegar simplesmente que não querem mais; que o amor acabou; que não sente mais desejo sexual, que a beleza exterior da esposa não é mais a mesma, motivos, digamos, no mínimo, irresponsáveis para quem, um dia, subiu ao altar e fez votos e uma aliança com o Senhor JESUS. Embora sejam inaceitáveis, você precisa fazer com que se tornem aceitáveis para si própria; convencer-se interiormente disso. O que é suficientemente necessário para alguém pode não ser para outra pessoa. Nem sempre o outro vai conseguir nos convencer com os reais motivos da separação. É normal. Às vezes é porque não gostaríamos de forma alguma que ela acontecesse, tornando para muitas esposas o fim do mundo. Por isso a dificuldade imensa em não aceitar o que ora está sendo proposto pelo marido. Mas, nessa hora, a orientação bíblica é fundamental: não lutamos contra a carne nem contra o sangue, mas contra as potestades e os principados, com jejum, oração e muita consagração. Família é a “menina dos olhos de Deus”, por isso o diabo investe poderosamente para destruí-la. Separação é uma questão de batalha espiritual. Não adianta querer que as coisas se resolvam por força humana. É uma luta inglória.

Em toda separação deve haver respeito à liberdade de expressão, de decisão e de opinião do outro. É doloroso descobrir depois de algum tempo que, aquela pessoa a quem escolhemos para ser nosso companheiro por toda a vida e construir uma família, não afina mais os pensamentos com os nossos e que não há o menor interesse mais disso. É como se satanás lançasse uma fenda nos olhos do marido e o fizesse acreditar que não há mais amor, que tudo está perdido, que não há mais jeito e que uma provável mulher que ele esteja se relacionando é melhor que a esposa atual. Lembre-se: uma das características mais forte de satanás é a de enganar, iludir, para depois destruir, levar um homem a miséria profunda. Mas, esposa, aceitar de “cabeça erguida” a decisão do marido não significa abandoná-lo.

Lute por ele! Lute em oração. É o mínimo que você deve fazer. Aceitar aqui não significa desistir. Aprenda a entrar no deserto e saber que nele Deus estará contigo todos os dias. Ao sair, você também cantará o hino da vitória, como fizeram os israelitas após a travessia do Mar Vermelho.
Geralmente quem quer a separação o faz alegando motivos dentro do casamento, do relacionamento. Mas esse esfriamento quase sempre é causado por “novidades externas” à família, como amizades; adultério (busca de depravações sexuais; mulher mais jovem e mais sensual, traição, infidelidade conjugal); liberdade de solteiro (sair com os amigos e chegar a hora que quer em casa) etc. São ilusões que penetram o coração do marido, cegando-lhe o entendimento, e fazendo-o acreditar que todas essas coisas são melhores do que o lar que um dia ele constituiu.

O mais importante: ande e viva com inteireza de coração diante de DEUS. Tenha a consciência em paz com DEUS de que você foi a melhor esposa e melhor mãe enquanto seu marido quis estar ao seu lado (“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola, com as próprias mãos a derruba”. Provérbios 14:1). Tenha sempre a certeza de que seu casamento foi realizado segundo a vontade de Deus. Aliás, nenhum primeiro casamento, independentemente da crença dos cônjuges, é realizado fora da vontade de Deus. O seu casamento não foi diferente. Saiba que Aquele que foi testemunha principal “tudo pode; e nenhum dos Seus planos pode ser impedido” (Jó 42:1).

Então entregue sua causa ao PAI Supremo e espere; porque ELE lhe dará vitória e somente ELE poderá mudar o coração de um marido corrompido pelo pecado e enganado por satanás e seus demônios.
Mantenha-se de pé por dentro, em sua integridade moral e espiritual. Creia sempre! Não desista nunca de lutar nem desfaleça: “Por isso não desfalecemos. Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior se renova de dia em dia. Pois a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação. E não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2 Coríntios 4:16-18). A Bíblia também afirma que a esposa é do seu marido e o marido da esposa enquanto estiverem vivos (leia Romanos 7:2-3). Meu marido me deixou: e agora?

Agora é tempo de crer, é tempo de descansar no Senhor e ser tratada por Ele. É tempo de amadurecer espiritualmente, de orar muito, de jejuar, de estar nos cultos adorando a DEUS, de glorificar o seu Santo Nome, de demonstrar que ama profundamente o seu marido, orando sempre pela vida dele. É tempo de chamar a existência as coisas que já não existem.
Perdoe o seu marido e, sobretudo, ame-o verdadeiramente! Se um dia ele abandonou a casa e a família, não importa o tempo que passar, mas a cada dia, estenda as portas do seu coração para um possível e certo retorno. Deus quer e vai restaurar a sua família e o seu casamento. Parte dessa conquista depende de você! Que o Senhor JESUS nos abençoe!

FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é líder do Ministério Famílias para Cristo.

sábado, 19 de março de 2011

O deserto é a escola do Senhor


Existem dois tipos de deserto: Primeiro o deserto físico, região árida, coberta por um manto de areia em que é quase absoluta a ausência de vida. Vazio, pouco freqüentado: rua deserta / Ermo; solitário; abandonado. (Fonte: Dic. Aurélio). Este tipo representa um lugar de escassez, onde os elementos vitais, como água e alimento, características básicas, quase não existem. Segundo >> O deserto espiritual em que parece não estarmos ligados mais com Deus, tentamos nos achegar a Ele e não sentimos nada, a frieza espiritual tomando conta de nós.

Só que você já parou para pensar qual o principal objetivo do deserto?
Deuteronômio 8:2

“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.”
Deserto é um lugar extremamente especial que não existe nenhum filho seu que não teve tal experiência de passar ou até mesmo viver neste lugar. Para entendê-lo precisamos nos posicionar. Costumo falar uma frase que diz: Tem coisas em nossa vida que nós aprendemos apenas sentindo na pele. Posso dizer que o deserto é uma delas. Talvez você que já passou ou estar passando por ele entenda melhor o que Deus quer falar a você através desta postagem.

Deus sempre trabalha com propósitos e de propósito. Não há nada em que Deus nos direcione sem antes Ele mesmo ter passado por você. A mais conhecida é a tentação no deserto enfrentado por Jesus. Ele venceu e através de sua vitória nós também venceremos.
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hebreus 4:15-16).

Em um ambiente que é totalmente contra as situações favoráveis da vida existe um canal de aperfeiçoamento de Deus! Fisicamente não existe comida e nem água, Deus é o Oásis. Espiritualmente, é marcado pela fraqueza, o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza porque quando estou fraco então sou forte.

O principal objetivo do deserto é te humilhar e te provar para saber o que está em seu coração. São em momentos tão difíceis que choramos mais, oramos mais, clamamos, verdadeiramente nos rendemos e entendemos que sem Deus não somos nada. São nestes momentos que percebemos a nossa fragilidade e corremos em busca de socorro e o melhor de tudo isto é que Deus está pronto para nos socorrer. O deserto é marcado por profundas tristezas, mas foi através dele que aprendi a não olhar mais para trás. Foi através do deserto em que aprendi a olhar para o consumador da minha fé e deixar de viver em função de coisas horizontais que são passageiras. Foi através do deserto em que aprendi que posso todas as coisas naquele que me fortalece. Foi através do deserto em que aprendi o verdadeiro sentido da vida é estar no centro da vontade de Deus. Foi no deserto que aprendi o valor do salmo 121 em minha vida que diz:

“Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra". Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite. O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.”

Foi passando pelo deserto que descobri o único e real motivo da minha vida, a cruz. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deus o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (João 3:16-17) Através da cruz fui salvo e marcado para viver eternamente, por isto o deserto é, realmente, a escola do Senhor.

Em Oséias, capítulo 2 e versículo 14 a 16 diz:
“Portanto, eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. Ali eu lhe darei as suas vinhas, e o vale de Acor, por porta de esperança. Ali ela cantará, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. Naquele dia, diz o Senhor, me chamarás: Meu marido; não me chamarás mais: Meu mestre.”

É interessante que quando estamos passando pelo deserto nós tanto somos marcados como deixamos marcas de nossas pegadas. As marcas feitas em nós duram por longos períodos e as marcas feitas na áreas são desfeitas com apenas uma ventania. Porém, ambas, existiram com apenas um único objetivo. Levar-te para mais perto do Pai. De modo que no deserto recebas o melhor de Deus por portas de esperança, cante como nunca cantou antes até mais como cantavas nos dias de mocidade e se achegue como uma noiva adornada e pronta para seu marido, assim diz o Senhor.

Deus esteja te fortalecendo dia após dia e a Paz de Cristo reine em seu coração.

O Deserto


O deserto foi bem ligado com o início do ministério de Jesus. No livro de Marcos, a palavra 'deserto' é usada quatro vezes nos primeiros treze versículos (Versículos 3, 4, 12, 13 no original. Em diversas traduções portuguesas a palavra 'deserto' não aparece no v. 13, mas aparece nos textos gregos), mas não é usada mais nenhuma vez depois. Qual tipo de lugar era o deserto?

Lugar de infertilidade

João pregou no deserto, que segundo a profecia de Isaías 40:3-5, foi mal preparado para a chegada da glória do Senhor. O deserto foi o lugar lógico para o trabalho de João porque simbolizava os corações do povo, corações secos e mortos. Ele veio para tirar as barreiras espirituais do povo que poderiam impedir a vinda do Messias. Foi uma tarefa formidável: "Todos os vales serão levantados, todos os montes e colinas serão aplanados; os terrenos acidentados se tornarão planos; as escarpas serão niveladas" (Isaías 40:4). Para realizar esta transformação João veio para este povo árido pregando arrependimento (Mateus 3:2, 7-10). O arrependimento em que João insistiu não era nada despreocupado, mas envolveu uma reorientação radical da vida (note Lucas 3:10-14). Tornar este deserto num lugar frutífero exigiria mudanças em todo aspecto do dia-a-dia do povo. Pessoas hoje estão em situações parecidas e para qualquer pessoa estar preparada para Cristo na sua vida, tem que estar disposta a mudar sua vida em todo sentido.

Lugar de simplicidade

A vida de João combinava bem com o deserto em que habitava. Ele usava roupas feitas de pêlos de camelo com um cinto de couro e se alimentava com gafanhotos e mel silvestre. Evidentemente, João não tinha outro alimento nem outra roupa à sua disposição no deserto. É claro que João não valorizou nem bens, nem conforto, nem honra. Nós estaríamos dispostos a sermos chamados para o deserto? Diversos discípulos tiveram que passar por severas aflições; Paulo, por exemplo:
"Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos....Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo" (1 Coríntios 4:11-13). O escritor de Hebreus cita outros exemplos: "Outros enfrentaram zombaria e açoites; outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas" (Hebreus 11:36-38).
Nem todo servo de Deus sofre tudo isso na vida, mas para servir ao Senhor temos que estar dispostos a passar por severas tribulações, colocar as necessidades dos irmãos acima das próprias luxúrias (Lucas 3:11; 12:33; 14:33), colocar o reino acima de todas as coisas (Mateus 6:33; 8:20), e deixar de nos preocupar com questões de comida e roupa (Mateus 6:25-34; Lucas 10:7-8). A simplicidade de João no deserto serve como desafio para nós.

Lugar de libertação

Talvez a idéia do deserto esteja mais ligada com a idéia da libertação e da salvação do que com qualquer outra idéia. Lembramo-nos de como o Senhor soltou os israelitas das garras dos senhores egípcios e providenciou-lhes redenção no deserto: "O povo que escapou da morte achou favor no deserto" (Jeremias 31:2). Do mesmo jeito, nós, ao ficarmos libertados da escravidão do pecado, passamos para o deserto (Oséias 2:14; Apocalipse 12:6, 14). O deserto vem a simbolizar um lugar de salvação da servidão cruel. Que bênção! Infelizmente, a geração dos israelitas reclamou do deserto. Repetidas vezes, os israelitas se queixaram das dificuldades no caminho e queriam retornar à escravidão egípcia (veja Êxodo 14:11-12; 16:3; 17:3; Números 11:4-6; 14:1-4). Não fazia sentido que eles quisessem voltar para a angústia do Egito. Será que cristãos às vezes passam pelos mesmos sentimentos e almejam a vida que levavam antes de seguir Cristo, a vida do pecado? Quando olhamos para trás ou tentamos ficar com as coisas do passado arriscamos nossa alma:
"Naquele dia, quem estiver no telhado de sua casa, não deve descer para apanhar os seus bens dentro de casa. Semelhantemente, quem estiver no campo, não deve voltar atrás por coisa alguma. Lembrem-se da mulher de Ló!" (Lucas 17:31-32).

Lugar de prova

Para Jesus, o deserto foi o lugar em que encontrou o Tentador e foi testado. Para os israelitas, o deserto foi o lugar de provação também. Os resultados eram totalmente opostos. Jesus derrotou Satanás em tudo. No caso dos israelitas, todos eles passaram pelo mar e participavam da alimentação providenciada por Deus no deserto; porém, "Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto"
(1 Coríntios 10:5). É uma lição forte, porque 603.550 homens saíram do Egito, mas apenas dois deles entraram na terra prometida! No deserto onde 99,99% dos israelitas fracassaram, Jesus venceu. Qual era a diferença? Jesus confiou no Senhor e na Palavra. Ele citou a escritura: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4:4; veja Deuteronômio 8:3), e mostrou a importância da palavra citando-a cada vez que o diabo se aproximou. Os israelitas, por causa da incredulidade causada por duro coração, caíram "durante o tempo da provação no deserto" (Hebreus 3:8). Como os israelitas, cristãos hoje passaram pelo mar do batismo e participam da ceia do Senhor. Há um sério perigo de que a mesma coisa aconteça hoje: "Essas coisas ocorreram como exemplos para nós ... Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós" (1 Coríntios 10:6, 11).
No deserto da provação, confiaremos na escritura e venceremos a tentação ou seremos autoconfiantes e cairemos?

Lugar de bênção

João, voz que clamava no deserto, anunciou Jesus como aquele que batiza com o Espírito Santo. Vários textos proféticos mostram uma visão do deserto transformado por Deus num lugar bem frutífero (Isaías 35:1, 6; 41:18-19; 43:19-21; 51:3). Especialmente interessantes são os trechos que ligam o novo vigor do deserto com a provisão do Espírito.
"A fortaleza será abandonada, a cidade barulhenta ficará deserta ... até que sobre nós o Espírito seja derramado do alto, e o deserto se transforme em campo fértil, e o campo fértil pareça uma floresta" (Isaías 32:14-15). "Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes" (Isaías 44:3).
As maravilhosas bênçãos que estão disponíveis em Cristo vêm por causa do trabalho do Espírito Santo que tem sido derramado sobre o povo de Deus (Ezequiel 39:29).

Infelizmente, há muitos equívocos quando pessoas começam a tratar o assunto do Espírito Santo porque elas deixam de distinguir entre as várias responsabilidades do Espírito Santo e as épocas certas em que faz estas obras. Considere este paralelo: No primeiro século Jesus andou na terra em corpo humano, morreu na cruz e apareceu a várias pessoas após sua ressurreição. No século XXI, Jesus não faz nenhuma destas coisas. Mas Jesus ainda existe, opera nas vidas dos seus discípulos, e trabalha hoje. Pelo mesmo jeito, o Espírito Santo no primeiro século operou na vida de Jesus (Mateus 3:16; 12:18, 28), inspirou a autoria dos livros do Novo Testamento (1 Coríntios 2:13; 14:37), e deu dons especiais para várias pessoas (1 Coríntios 12-14). No século XXI, O Espírito Santo não faz nenhuma destas coisas. Mas o Espírito Santo ainda existe, opera nas vidas dos seus discípulos, e trabalha hoje.
Através de Ezequiel, o Senhor profetizou sobre nossa época dizendo: "Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis" (Ezequiel 36:26-27).
Precisamos refletir para verificar que temos o Espírito do Senhor em nós. Nosso coração é macio e sensível à palavra de Deus, ou nossa receptividade à vontade do Senhor parece pedra--fria, dura e petrificada? Andamos nos decretos do Senhor; observamos fielmente as suas leis? Até que ponto o Espírito reside em nós? "...No qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito" (Efésios 2:21-22).
Um cristão cresce para ser cada vez mais santuário do Senhor deixando a palavra do Espírito habitar cada vez mais ricamente no seu coração, dominar cada vez mais fortemente seu andar (Efésios 5:18; Colossenses 3:16), e produzir cada vez mais o fruto apropriado (Gálatas 5:22-23). Demonstramos a presença do Espírito em nós?
Temos muita coisa para aprender no deserto. Jesus derrotou o diabo ali e transformou a aridez em jardim. Aproveitamos esta bênção!

terça-feira, 15 de março de 2011

Pérola


Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que são as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos – seriam uma presa fácil dos predadores.

Para que isso não acontecesse a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostra felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostra felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...” Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava.

Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras de repente seus dentes bateram numa objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...”

Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/08/ostra-feliz-nao-faz-perola.html#ixzz1GnsTsv7w

Pérolas são produto da dor, resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.

A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra.
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias e atitudes já foram rejeitadas ou mal interpretadas ?

Então produza uma pérola...

Cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com camadas e camadas de amor...

Texto de Zoraide Fernandes por email